Caros confrades, eis as fotos e relato resumido da 1ª prova de vinhos oficial da confraria, realizada no passado dia 18 de Maio na nossa delegação em Brancanes-Olhão. A "matança" começou com um Merlot búlgaro Pulden(reserva de 99). Este foi o vinho ideal para começar.Leve, fresco, sem grandes pretensões. A seguir abrimos o Cabeça de Burro (Douro de 2002). Um salto qualitativo em relação ao búlgaro. Douro típico que cumpre a sua missão sem nos deslumbrar, mas também sem nos desiludir. Depois (se não estou enganado) veio o Quinta da Pellada Estágio Prolongado (Dão de 2000). Na minha opinião o vinho mais equilibrado de todo o lote. Este vinho está tão afinado que é capaz de agradar a todos os gostos (mesmo aos mais abichanados). O seguinte foi (penso eu) o Grand'Arte Alicante Bouschet (Estremadura de 1999). Para a maioria dos confrades foi uma pequena desilusão, para mim e para o HU, um dos melhores. A uva Alicante Bouschet é uma uva carregada de tanino na polpa , e não só na pele, o que faz um vinho muito denso e normalmente com algum depósito, se não for filtrado. Não é para todos. O vinho que se seguiu, tenho quase a certeza que foi o muito elogiado Quinta de la Rosa Reserva (Douro de 2000). Em relação a este vinho só me apetece dizer: "Foda-se! Que vinhão!" Penso que toda a gente está de acordo. Um dos melhores Douros que já bebi na vida. Não tenho mais palavras. O vinho que teve a ingrata missão de suceder ao "de la Rosa" foi o Quinta do Cachão Touriga Nacional (Douro 1999). Como todos os mono-castas, não consegue agradar a gregos e a troianos. E como já referi, teve a infelicidade de aparecer a seguir ao Quinta de la Rosa.É como a Alexandra Lencastre aparecer-te à frente depois de teres ido dar uma volta com a Scarlett Johansson. Ainda assim, cumpriu muito dignamente o seu papel. E por último, veio para a mesa, o vinho com mais gabarito do lote: o Periquita Clássico (Terras do Sado de 1995). E sem dúvida, não poderíamos ter acabado com uma melhor pinga. Na minha opinião, um dos melhores tintos que se produziu em Portugal nas últimas duas décadas.Um vinho poderosíssimo, cheio de força apesar de já não ser jovem, muito afinado e... a saber a pouco. Talvez por isso tenhamos depois resolvido abrir mais dois vinhos: um Herdade do Pinheiro (Alentejo) e outro alentejano que já não me lembro o nome. Mas estes últimos dois, foi só por gula. O melhor já tinha ficado para trás. Agradecia que os caros confrades também fizessem, se tiverem disponibilidade, uma pequena dissertação sobre algumas das obras de arte em forma de vinho que tivemos a felicidade de apreciar. PS: Parabéns ao senhor RN pela requintada mesa de petiscos que nos disponibilizou para acompanharmos com o vinho. E também ao senhor CK pelas azeitonas. Todos os outros confrades também estão de parabéns pela excelente companhia e por toda a preciosa ajuda que deram na realização deste evento.
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